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9 países mais perigosos para jornalistas

Muitos jornalistas colocam suas vidas em risco para noticiar uma guerra civil ou desastre natural. Alguns países do mundo são reconhecidos pelo público como perigosos para a vida e o bem-estar dos jornalistas.

De acordo com dados fornecidos pela CNN, os seguintes países representam a maior ameaça aos correspondentes:

9. Filipinas


O Comitê para a Proteção de Jornalistas relatou o assassinato de um correspondente nas Filipinas entre janeiro e julho de 2017. Joaquin Briones morreu em 13 de março de 2017 em consequência de um ataque de agressores desconhecidos que o mataram a tiros na pequena cidade de Milagros, na Ilha de Masbate. O caso ainda não foi solucionado e as investigações devem afastar a possibilidade de o acidente ter sido resultado de um assalto.

Sabe-se que o falecido foi ameaçado diversas vezes, por estar envolvido na investigação de temas delicados como o narcotráfico e o jogo ilegal. Os assassinatos de jornalistas nas Filipinas levaram a Força-Tarefa Presidencial de Segurança da Mídia a visar sua proteção. Em 2015, 7 correspondentes foram mortos no país.

8. Sudão do Sul


O único representante do continente africano na lista dos países mais perigosos é o Sudão do Sul. Os atuais conflitos civis no país colocam em grande risco a segurança dos jornalistas locais. Várias mortes já foram relatadas. Em 2015, 7 repórteres foram mortos no país. O governo do Sudão do Sul está diretamente ligado a algumas dessas mortes depois que foi revelado que o presidente Salva Kiir havia ameaçado jornalistas locais em 2015.

7. Honduras


O segundo país latino-americano dessa lista é Honduras. Nos primeiros meses de 2017, apenas um jornalista foi assassinado no país - Igor Abisai Padilla Chavez. Um proeminente repórter de TV foi morto a tiros em 17 de janeiro de 2017 por quatro atacantes armados na cidade de Suyapa. Honduras é famosa por crimes contra jornalistas. Em agosto de 2014, outro correspondente, Neri Francisco Soto, morreu fora de sua casa. Os jornalistas são forçados a trabalhar com medo, especialmente aqueles que investigam temas delicados, como corrupção ou tráfico de drogas. Em 2015, 7 correspondentes foram mortos em Honduras.

6. Iêmen


O Iêmen está atualmente em uma guerra civil devastadora. Tudo começou com o conflito armado entre as forças governamentais da Arábia Saudita e os Houthis em janeiro de 2015. A guerra civil no Iêmen causou a morte de mais de 16 mil pessoas, a maioria delas civis. Além disso, entre janeiro e julho de 2017, foram confirmadas duas mortes de jornalistas. Os mortos eram correspondentes da TV iemenita Wael al-Absi e Takieddin al-Khudhaifi. Ambos morreram no dia 26 de maio de 2017 na cidade de Taiz, no Iêmen. Porém, em 2016, 6 jornalistas foram mortos no país, e em 2015 - 8.

5. França


O único representante da Europa nesta lista é a França, reconhecida como o país mais perigoso para os repórteres de todo o continente. De acordo com o Comitê de Proteção aos Jornalistas, 9 correspondentes foram mortos no país desde 1992, todos no mesmo acidente em 2015. Em 7 de janeiro de 2015, dois homens armados invadiram o escritório da revista Charlie Hebdo, um semanário satírico parisiense, e abriram fogo contra a equipe editorial. Como resultado, 12 pessoas foram mortas, 9 das quais eram jornalistas.

4. México


O México complementa a lista dos países mais perigosos. Apesar de a guerra em curso no país não receber publicidade suficiente, é classificado como o segundo maior conflito militar em número de mortes depois da guerra civil na Síria. Só em 2006, cerca de 23 mil pessoas morreram. Jornalistas são mantidos como reféns, alvos de traficantes e funcionários do governo. Em 2017, ocorreram 4 mortes de repórteres no México. Uma delas ocorreu em 15 de maio de 2017, quando Javier Valdez Cardenas, correspondente e cofundador do semanário Riodoce, foi morto a tiros. Em 2015, 8 jornalistas foram mortos no México.

3. Índia


O estado do sul da Ásia é notório pelas frequentes prisões de jornalistas, especialmente daqueles que criticam o governo. Além disso, o país também ganhou fama de ameaça mortal para os correspondentes. Apesar do fato de nenhum jornalista ter sido morto na Índia em 2017, as atas do Comitê para a Proteção dos Jornalistas mostram que cerca de 40 correspondentes foram mortos na Índia desde 1992, enquanto em 1997 7 jornalistas foram mortos. O pior foi 2015: 9 repórteres mortos no país.

2. Síria


A guerra civil na Síria se tornou o maior conflito global dos últimos anos. As estatísticas mostram que mais de 5.000 civis foram mortos entre janeiro e julho de 2017. Este conflito fez da Síria um dos lugares mais perigosos para os correspondentes. De acordo com o Comitê para a Proteção dos Jornalistas, três repórteres morreram na Síria durante os primeiros meses deste ano.

O último a ser morto foi Khalid al-Khatib, o correspondente árabe. Ele foi morto em 30 de julho de 2017, perto da cidade de Homs, durante um ataque de foguete do exército do Estado Islâmico. O mesmo ataque resultou em pesadas baixas entre os soldados sírios. Em 2015, 10 jornalistas foram mortos na Síria.

1. Iraque


Em 7 de julho de 2017, Sudad Faris foi ferido mortalmente por um atirador do Estado Islâmico durante uma operação militar em Imam Gharbi, uma pequena cidade localizada a poucos quilômetros da cidade de Mosul, no Iraque. Sudad Faris trabalhou como cinegrafista para a estação de televisão iraquiana Salaheddin TV. Outro jornalista, Harb Hazza al-Dulaimi, foi morto na mesma operação. Os dois incidentes aumentaram o número de correspondentes mortos no Iraque para seis em 2017.

Essas mortes confirmam a reputação que o Iraque construiu nos últimos anos como o país mais perigoso para jornalistas. As vítimas de crimes impiedosos são os jornalistas que arriscam tudo para cobrir na mídia a guerra em curso contra o Estado Islâmico. O número de jornalistas mortos atingiu o pico em 2006, quando 32 repórteres foram mortos durante a invasão do Iraque pelos Estados Unidos. Em 2015, 11 jornalistas foram mortos no Iraque.

Comitê para a Proteção de Jornalistas


É uma organização sem fins lucrativos criada para proteger os direitos e liberdades de jornalistas em todo o mundo. Por mais de três décadas, o Comitê tem trabalhado para manter os repórteres protegidos e protegidos.

Profissão: Correspondente de Guerra

Um filme que fala sobre as complexidades e meandros de uma profissão como correspondente de guerra: